segunda-feira, 25 de julho de 2011

                                
                             - Capitulo oito -
                        O Espelho de Ojesed

O Natal se aproximava. Certa manhã em meados de Dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás do seu turbante. As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.
Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal, principalmente Yasmin que faria aniversário no Natal e iria ganhar alguns presentes de Dumbledore e Hagrid. E embora a sala comunal da Grifinória e o salão principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas. As piores eram as aulas do professor Snape nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava névoa diante deles e eles procuravam ficar o mais próximo possível dos seus caldeirões.
- Tenho tanta pena - disse Draco, na aula de Poções - dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa.
Olhou para Harry ao dizer isso. Crabbe e Goyle riram. Harry, que estava medindo o pó de espinha de peixe-leão, não lhes deu atenção. Draco andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdera, tentara fazer as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry como apanhador no próximo jogo. Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira com que Harry conseguira se segurar na vassoura corcoveante. Por isso Draco, invejoso e zangado, voltara a aperrear Harry dizendo que não tinha família como os outros...
Na semana anterior, quando a professora Minerva fizera a lista dos alunos que iriam ficar em Hogwarts no Natal, Harry foi um dos primeiros a assinar seu nome na lista, além dele os irmãos Weasley também iriam ficar.
Quando deixaram as masmorras ao final da aula de Poções, encontraram um grande tronco de pinheiro bloqueando o corredor à frente. Dois pés enormes que apareciam por baixo do tronco e alguém bufando alto denunciou a todos que Hagrid estava por trás dele.
- Oi, Rúbeo, quer ajuda? - perguntou Rony, metendo a cabeça por entre os ramos.
- Não, estou bem, obrigado, Rony.
- Você se importa de sair do caminho? - ouviu-se a voz arrastada e seca de Draco atrás deles. - Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Rúbeo deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada.
Rony avançou para Draco justamente na hora em que Snape subia as escadas.
- WEASLEY!
Rony largou a frente das vestes de Draco.
- Ele foi provocado, professor Snape - explicou Hagrid, deixando aparecer por trás da árvore a cara peluda. - Draco ofendeu a família dele.
- Seja por que for, brigar é contra o regulamento de Hogwarts, Hagrid - disse Snape insinuante. - Cinco pontos a menos para Grifinória, Weasley, e dê graças a Deus por não ser mais. Agora, vamos andando, todos vocês.
Yasmin ficou com muita raiva de Draco por ter feito isso, mas por outro lado, ficou feliz que naquela noite iria fazer uma inspeção na masmorra da Sonserina, e assim poderia brigar com Draco e até mesmo tirar pontos da Sonserina.

Naquela noite, depois do jantar, Yasmin rumou direto para a masmorra da Sonserina morrendo de vontade de brigar com Draco, por causa de seu comportamento.
- Ola. Não se preocupem comigo, só vim fazer uma inspeção antes das férias de Natal. Façam o que fazem sempre. - disse Yasmin logo que entrou.
- Inspeção antes do Natal? Que estranho achei que você só faria isso uma vez por mês, e esse mês você já fez isso. - disse Draco desconfiado
- O professor Dumbledore quer saber como vocês estão. E eu também tenho coisas para dizer a alguns alunos, inclusive você Draco. - disse Yasmin
- Eu? O que eu fiz. - perguntou Draco
- Muita coisa. Por onde devo começar, ah sim, você insulta os alunos sem pais, insulta os mais fracos, faz alunos perderem pontos pelo que você fez, quer que eu continue?  - disse Yasmin
- Esta bem, já entendi. - disse Draco -  E o que você vai fazer?
- Nada. Ou será que você quer que eu tire dez pontos da Sonserina por cada coisa errada que você fez? -  disse Yasmin com um sorriso
- Não! Não precisa, eu paro de insultar as pessoas. - disse Draco
- Eu quero dizer também a Crabbe e Goyle que se vocês continuarem rindo do que Draco diz sobre outros alunos, terei que tirar dez pontos de cada um. Entenderam? - disse Yasmin olhando para Crabbe e Goyle com olhar de raiva.
Crabbe e  Goyle fizeram que sim com a cabeça.
- E isso serve para todos, não insultem ou machuquem ninguém. Caso contrario...
Ela olhou para todos antes de sair.

Na manhã de Natal, Yasmin acordou e viu a pilha de presentes ao lado de sua cama   e se lembrou que estava fazendo 11 anos. Ela se levantou e pegou o primeiro presente da pilha, nele tinha um bilhete: Para Yasmin, de Hagrid, dentro do pacote havia um livro sobre Herbologia muito interessante com uma mandrágora na capa. Yasmin abriu o que estava escrito: Feliz aniversário Yasmin, espero que goste do meu presente, ass: Dumbledore. Yasmin abriu, dentro havia um álbum, ela o abriu e viu fotos de si mesma com mais ou menos 4 meses de vida, do lado de cada foto tinha a data e uma frase do tipo: Nossa pequena Yasmin, ou Yasmin com nossa elfo domestica ou até mesmo o objeto que havia na foto. Yasmin fechou o álbum e  pegou outro presente, nele havia um envelope com um cartão de Feliz aniversário que tinha um bilhete colado que dizia: Cara Yasmin, descobri que hoje era seu aniversário pelo professor Snape, espero que goste do meu presente, ass: Draco. Yasmin ficou surpresa por ter recebido um presente de Draco, ela abriu o pacote, dentro havia pacotes de Sapos de chocolate e varinhas de alcaçuz. Yasmin abriu o ultimo presente que era de Snape, nele havia um livro com umas 200 páginas com o titulo: Tudo sobre poções com letras douradas. Yasmin guardou todos os presentes, pegou a varinha e desceu para o almoço.

A noite chegou, e Yasmin ficou andando pelo castelo sozinha depois de ter ganhado um bolo de três camadas pelos elfos domésticos como presente de aniversário, que foi comido com muito esforço por todos os elfos domésticos e por Yasmin. 
Yasmin estava perto da biblioteca quando ouviu um grito vindo da biblioteca, Yasmin correu até a biblioteca com a varinha na mão e invisível. Yasmin viu Filch andando pelo corredor e o seguiu. Ele virou o corredor e Yasmin viu Snape e Quirrell e Filch disse:
- Achei isso na seção restrita. - disse apontando para uma lâmpada - ainda está quente, isso indica que tem um aluno fora da cama.
Snape e Quirrell seguiram Filch. Quando Yasmin ia fazer o mesmo, ouviu o barulho de uma porta bater e se virou. Viu uma porta grande e sem pensar abriu-a devagar e fechou sem fazer barulho. Virou-se e viu Harry olhando para um espelho:
- Mamãe? - murmurou - Papai?
Yasmin olhou para o espelho e não viu nada. Harry colocou sua mão no espelho com um brilho nos olhos. Ele ficou um bom tempo olhando para o espelho, até que se virou e foi embora.
Yasmin pegou sua varinha a voltou a ficar visível. Ela olhou para o espelho e viu a si mesma com um garoto parecido com ela. O garoto se virou:
- Harry? - murmurou Yasmin
A imagem de Harry olhou para Yasmin e mexeu a cabeça positivamente. Yasmin se virou viu que não tinha ninguém, olhou de novo para o espelho e viu uma inscrição entalhada no alto: Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn. Ela e virou e saiu correndo para a sala de Dumbledore.

- Entre - disse Dumbledore
- Professor Dumbledore, preciso te dizer uma coisa. - disse Yasmin
- Então diga Yasmin. - disse Dumbledore
Yasmin falou a Dumbledore sobre o espelho e disse que Harry olhara para o espelho com brilho nos olhos.
- Ele disse alguma coisa? - perguntou Dumbledore
- Sim, ele disse "mamãe" e depois em seguida disse "papai", depois ficou um bom tempo olhando para o espelho, e saiu. - disse Yasmin
- E o que você viu? - perguntou Dumbledore
- Eu vi o Harry falando comigo. Mas eu não entendi o que aquele espelho faz, senhor. - disse Yasmin
- Mostra-nos nada mais nem menos do que o desejo mais íntimo e desesperado de nossos corações. Você tem uma conexão inexplicável com Harry, você naturalmente, quer falar com ele, lhe dizer o que sente, quer conhecê-lo. Harry que nunca conheceu sua família, a vê de pé à sua volta. Porém, o espelho não nos dá nem o conhecimento nem a verdade. Já houve homens que definharam diante dele, fascinados pelo que viram, ou enlouqueceram sem saber se o que o espelho mostrava era real ou sequer possível.
- Eu sei que o que eu vejo naquele espelho não é verdade. Eu nunca irei conhecer o Harry. - disse Yasmin desapontada
- Eu não teria muita certeza se fosse você. Acho melhor você ir dormir Yasmin. Boa noite. - disse Dumbledore
- Boa noite, professor - dizendo isso Yasmin saiu da sala de Dumbledore e foi dormir.      
 

Nenhum comentário:

Postagens populares